domingo, 1 de março de 2009

Comportamento



A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO



Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja

cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito

além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.



É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de

dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa

alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam

mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam,

passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.



É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se

dirigir ao frentista, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores

porque não sentem prazer em humilhar os outros. Ser simples é elegante .

É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra

interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas

festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que

pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não

está. Oferecer flores é sempre elegante. Lembrar de quem se lembra da gente

é elegante. Agendar aniversários quando não temos boa memória , e elegante.



É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro..

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante o silêncio, diante de má rejeição...

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.

É elegante a gentileza...



É elegante passar credibilidade nas atitudes , compromissos e palavras

Atitudes gentis, falam mais que mil imagens...

Abrir a porta para alguém... É muito elegante

Dar o lugar para alguém sentar... É muito elegante

Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...

Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar essa delicadeza pela observação, mas tentar

imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é

só pedir licencinha para o nosso lado bruto, que acha que "com amigo não

tem que ter estas frescuras".

Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura!